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domingo, 5 de setembro de 2021
Mar de Morros inicia mais uma "saga" de um recreiense
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Mar de Morros, a partir desta edição, publica flashs (fragmentos) do livro E VIVA O BRASIL!... , do pracinha recreiense, natural de Barreiros, Mário Valverde Ferreira Soldado da FEB que participou diretamente da Campanha de Guerra dos Aliados, no front contra os nazistas, RELATANDO SUA PARTICIPAÇÃO VERDADEIRA E DOS PRACINHAS BRASILEIROS ( feb ) NA II GUERRA MUNDIAL .
Tudo começa quando em 1944 são enviados milhares de soldados brasileiros para consolidar o avanço dos Aliados em território italiano. Durante a campanha na Itália, os pracinhas, como ficaram conhecidos os soldados da FEB (Força Expedicionária Brasileira) enfrentaram soldados da Itália fascista e posteriormente os temidos soldados nazistas.
Entre centenas de missões e longos meses de combate, a mais importante conquista foi a vitória em Monte Castelo (Fevereiro de 1945) e a mais sangrenta vitória foi na Batalha de Montese (Abril de 1945).
A batalha mais conhecida dos brasileiros, a de Monte Castello (1944-1945), na Itália, onde mesmo após a morte de cerca de 400 soldados brasileiros, o país venceu as tropas nazistas, foi também a batalha mais dura, porque a região montanhosa e a neve do inverno não eram conhecidas dos brasileiros*. Você já imaginou estas histórias sendo contadas por um conterrâneo recreiense seu, e em livro?
Pois é, você, leitor, poderá sentir um pouco de
toda essa emoção lendo o livro E VIVA O BRASIL!... escrito por um recreiense,
nascido no povoado de Barreiros, Mário Valverde Ferreira. Nossa revistinha vai
contar, em partes, com algumas fotos da época, trechos desta importante obra,
que podemos considerar uma obra prima, não só parte da Literatura brasileira,
como também da Literatura Universal de Épocas.
sábado, 18 de julho de 2020
A B A Í B A
Por que Terra da Paz? Porque Abaíba sempre foi a Paz da
minha infância, das brincadeiras dos amigos, dos primos de quem tenho saudades.
Saudades das minhas professoras, madrinha Odete, D. Nana minha prima e da D.
Pompéia, esposa do meu primo José Lima. Sempre vou lembrar da revolta do Renato
Luciano quando ouvia o cantar das cigarras que anunciavam as provas de fim de
ano. Sempre vou lembrar das peladas na hora do recreio da escola ou atrás da
estação.
Abaíba do meu coração quer dizer Terra da Saudade. Saudades
da minha adolescência, dos dias que antecediam a chegada dos amigos em férias,
para jogar as peladas. Que bom lembrar do amor com que defendíamos a camisa do
time de Abaíba , sem cores, mas definida às vezes com as camisas do Vasco ou do
Botafogo, tudo dependia de quem era o tomador de conta do time e não presidente
como hoje.
Abaíba sempre será, no meu coração, terra da saudade e do
amor, pois toda época, cada um que chegava era uma festa; as meninas... mas
sempre eram elas que traziam a alegria em nossas vidas; aí vinham as
brincadeiras dançantes que chamávamos de “cutuca”... Que gostoso sentir a
expectativa da chegada da Festa, era apenas uma por ano , mas elas eram
diariamente sentidas em nossos corações.
O respeito aos nossos tios e tias : Dagmar, Tide, Cici, Luiza, Inire, Cotinha,
Ruth, Dé, Geraldo, Alcides, Jader, Isaac e o papai Coronel Totônio. Recordo da
alegria dos irmãos quando na véspera de uma festa de Santa Izabel chegava o Tio
Alcides, do Rio de Janeiro. Só faltavam fogos de artifício pois tudo o mais
havia, lágrimas, sorrisos e abraços. Do vovô Archimedes, fazendo as barracas; o
Didi de Souza, ornamentando; as moças , preparando as bandeirinhas...A nossa
ansiedade era tanta que os dias pareciam anos antes de chegar o tão esperado
Dia dos Festejos.
E aí chegava o grande dia: a Alvorada, geralmente com a
banda de música de Pirapetinga, a 27 de Março, com seu imponente maestro
Arandir, anunciava o início da festa,
missa solene às 7 horas, dia da Primeira Comunhão das crianças que já se
preparavam há meses; às 10 horas missa festiva em homenagem a Santa Izabel e aí
o funcionamento de barracas, leilões de mesa e de gado, e o grande momento
esperado : o Jogo de Futebol, onde todos
“brigavam” por uma vaga para se apresentarem para os fanáticos torcedores.
E todos participavam da Procissão de Santa Izabel,
demonstrando sua Fé.
Finalmente o baile, o único do ano mas sempre valendo por muitos bailes. A orquestra convidada era de destaque na região. E ali dançávamos, havia as paqueras, os namoros, início de muitos romances e foi dali que saíram muitos casamentos.
Hoje chego em Abaíba e não encontro todos os amigos, os
tios. Não há mais o encontro do amor antigo tão procurado, as casas estão vazias
desses entes queridos e hoje habitada por novos moradores. E aí volto
triste, com os olhos cheios de lágrimas,
pois não encontrei , na nossa casa azul e branca, a minha casa do amor, da felicidade florida,
mas sim vejo triste, tristeza que já faz um ano.
Mas aceito, pois sei, como espírita que sou, eu tenho
certeza da continuidade da vida e um dia nos reencontraremos novamente.
domingo, 22 de março de 2020
Mar de Morros, na edição 135
Foto tirada em 1942 por Manoel Marques. Informante dos nomes: Tereza Lourenço.
Este texto foi escrito por Celso Lourenço e publicado n'O Jornal de Recreio,Minas na coluna Recreio e sua história . A fotografia pertence ao acervo do Celso Lourenço.